Happy Halloween?
Os professores relembram a todos os alunos para participarem da
festa de Halloween a ser realizada na noite de 31 de outubro. "Happy
Halloween, class!" ("Feliz Halloween, turma!"), conclui o
entusiasmado professor.
Será que Halloween é realmente uma festa
feliz ("happy")? Ou será que há ocultismo da pesada nas suas origens?
Será que essa festa envolve celebrações fúnebres, consultas aos mortos, louvor
à "divindade" da morte e negociatas com entidades do mundo tenebroso?
Será que é um evento tão ingênuo como se diz?
A Origem do Halloween
O calendário da bruxaria
resume-se no relacionamento da "Grande Deusa" (representada pela Lua e que nunca
morre) com seu filho, o "Deus Chifrudo" (representado pelo Sol e que a cada
ano nasce no dia 22 de dezembro e morre no dia 31 de outubro).[1]
Na roda do ano wicca (bruxaria moderna), o
dia 31 de outubro é o grande sabá (festa) de Samhain (pronuncia-se
"sou-en"). Nessa época tudo já floresceu e está perecendo ou
adormecendo (no Hemisfério Norte): "O sol se debilita e o deus está à
morte. Oportunamente, chega o ano novo da wicca, corporificando a fé de que
toda morte traz o renascimento através da deusa."[2]
O que é Samhain? É uma palavra de origem
celta para designar "O Senhor da Morte".
Os celtas dedicavam esse último dia de outubro para celebrar a "Festa
dos Mortos".
Alto lá! Então, os professores de inglês,
ao desejarem um "Happy Halloween!", estão, na verdade, desejando um
"feliz" Samhain? Ou seja, uma "feliz" festa dos mortos? Um
"feliz" ano novo da bruxaria? Um "feliz" dia da morte do
"Deus Chifrudo"?
Se todo esse pacote é oriundo da religião
celta e foi incorporado às doutrinas da bruxaria moderna, então precisamos
conhecer mais sobre os celtas.
Os Celtas e o Culto aos
Mortos
O que hoje chamamos de
Halloween era o festival celta de Samhain, o "Deus dos Mortos".
É possível rastrear as origens das tribos
celtas até a cultura de Túmulos da Idade do Bronze, que atingiu o seu apogeu
por volta de 1200 a.C. Contudo, os celtas não figuram como povo distinto e
identificável até a época do período de Hallstatt (dos séculos VII a VI
a.C.).[3]
Durante o período de Hallstatt, os celtas
espalharam-se pela Grã-Bretanha, Espanha e França. O ano novo deles começava no
dia 1º de novembro. O festival iniciado na noite anterior homenageava Samhain,
"O Senhor da Morte". Essa celebração marcava o início da estação de
frio (no Hemisfério Norte), com menos períodos de sol e mais períodos de
escuridão.
Os celtas acreditavam que durante as
festividades de Samhain, os espíritos dos seus ancestrais sairiam dos campos
gelados e dos túmulos para visitar suas casas e cabanas aquecidas. Os celtas
criam que teriam de ser muito receptivos e agradáveis para com os espíritos,
pois os bons espíritos supostamente protegeriam suas casas contra os maus
espíritos durante aqueles meses de inverno.
Os celtas tinham medo do Samhain. Para agradar-lhe, os
druidas, que eram os sacerdotes celtas, realizavam rituais macabros. Fogueiras
(feitas de carvalhos por acreditarem ser essa uma árvore sagrada) eram acessas
e sacrifícios eram feitos em homenagem aos deuses.[4] Criminosos, prisioneiros
e animais eram queimados vivos em oferenda às divindades.
Os druidas criam que essa era a noite mais
propícia para fazer previsões e adivinhações sobre o futuro. Essa era a única
noite do ano onde a ajuda do "Senhor da Morte" era invocada para tais
propósitos.
Um dos rituais para desvendar o futuro
consistia da observação dos restos mortais dos animais e das pessoas
sacrificadas. O formato do fígado do morto, em especial, era estudado para se
fazer prognósticos acerca do novo ano que se iniciava. Essa prática ocultista
aparece no Antigo Testamento sendo realizada pelo rei da Babilônia:
"Porque o rei da Babilônia pára na
encruzilhada, na entrada dos dois caminhos, para consultar os oráculos: sacode
as flechas, interroga os ídolos do lar, examina o fígado" (Ezequiel
21.21).
Oh! Então, quando os professores de inglês
desejam "Happy Halloween!" à classe, estão indiretamente desejando
que seus educandos façam negociatas com espíritos do mundo sobrenatural que
supostamente controlam os processos da natureza. E mais: que seus pupilos
apaziguem e acalmem os espíritos maus, pedindo proteção aos espíritos bons
durante aquele novo ano.
Os Principais Símbolos do
Halloween
Com a migração dos
ingleses, e especialmente dos irlandeses, para os Estados Unidos, no século
XIX, Halloween foi pouco a pouco tornando-se popular na América.
·
"The
Jack O’Lantern" (A Lanterna de Jack)
Esse é o nome daquela abóbora (jerimum, no Norte e Nordeste) esculpida com uma
face demoníaca e iluminada por dentro.
Conta-se uma história de que Jack era um
irlandês todo errado, que gostava de aprontar com todo mundo e chegou a enganar
até o próprio Satanás. Quando Jack morreu, não foi permitida sua entrada no
céu, nem no inferno. Satanás jogou para ele uma vela para iluminar seu caminho
pela terra. Jack acendeu a vela e a colocou dentro de um nabo, fazendo uma
lanterna para si.
Quando os irlandeses chegaram aos Estados
Unidos, encontram uma carência de nabos e uma abundância de abóboras. Para
manter a tradição durante o Halloween, passaram a utilizar abóboras no lugar de
nabos.
·
"Apple-ducking [bobbing for
apples]" (maçãs boiando)
Esse é o nome de um ritual que foi incorporado às
celebrações de Halloween depois que os celtas foram dominados pelos romanos. É
uma homenagem a Pomona, a deusa dos frutos e das árvores, que era louvada na
época da colheita (novembro). Os antigos geralmente a desenhavam sentada em uma
cesta com frutos e flores. A maçã era uma fruta sagrada para a deusa.
Maçãs ficavam boiando em um barril com
água, enquanto as pessoas mergulhavam seu rosto nela tentando segurá-las com os
dentes. Depois faziam adivinhações sobre o futuro, com base no formato da
mordida.
·
"Trick or Treat"
(Travessura ou Trato)
Dos 15 aos 19 anos
de idade vivi nos estados de Indiana e do Tennessee vendo a mesma cena se
repetir várias vezes na noite de 31 de outubro. Crianças da vizinhança,
fantasiadas de vários monstros, batiam à porta e, ao abrirmos, elas nos
indagavam: – "Trick or Treat?".
Se respondêssemos "trick!", elas
iniciavam uma série de travessuras como sujar a grama em frente da casa com
papéis e lixo, jogar ovos no terraço, além de sairem gritando ofensas ingênuas.
Respondendo "treat!", nós lhes dávamos alguns confeitos e elas saíam
contentes e felizes em direção à próxima casa.
O que não sabíamos naquela ocasião, mas
sei agora, é que aquelas criancinhas simbolizavam os espíritos dos mortos que
supostamente vagueavam naquela noite procurando realizar maldades (travessuras)
ou em busca de bom acolhimento (bons tratos). Os celtas deixavam comidas do
lado de fora das casas para agradar os espíritos que passavam. Ao recebermos
aquelas criancinhas ingênuas nas nossas casas, estávamos simbolicamente
realizando negociatas com principados e potestades do mundo tenebroso, da mesma
forma que os celtas faziam na Antigüidade.
Algumas pessoas afirmam que a tradição de
"trick or treat" não retrocede aos celtas, sendo mais recente,
introduzida pela Igreja Católica européia no século IX. Na noite anterior ao
"Dia de Todos os Santos" (1º de novembro) alguns mendigos iam de
porta em porta solicitando "soul cakes" (bolos das almas) em troca de
rezas pelas almas dos finados daquela família. Quanto mais bolos recebiam, mais
rezas faziam.
A Igreja Católica Passa a
Chamar a Festa de Hallowe’en
Como uma
festividade pagã em honra ao "Senhor da Morte" e celebrada em memória à morte do
"Deus Chifrudo" foi se infiltrar na Igreja Católica Romana?
Em 43 d.C., os romanos dominaram os celtas
e governaram sobre a Grã-Bretanha por cerca de 400 anos. Assim, os
conquistadores passaram a conviver com os rituais dos celtas.
Durante séculos, a Igreja Católica Romana
celebrava "O Dia de Todos os Mártires" em 13 de maio. O papa Gregório III
(papado de 731-741), porém, dedicou a Capela de São Pedro, em Roma, a
"todos os santos" no dia 1º de novembro. Assim, em 837, o papa
Gregório IV introduziu a festa de"Todos
os Santos" no
calendário romano, tornando universal a sua celebração em 1º de novembro. A
partir de então deixou-se de celebrar o "Dia dos Mártires" em maio.
Na Inglaterra medieval esse festival
católico ficou conhecido como "All Hallows Day" ("Dia de Todos os Santos").
A noite anterior ao 1º de novembro era chamada "Hallows
Evening", abreviada "Hallows’ Eve" e, posteriormente, "Hallowe’en".
Mais de um século após instituir o
"Dia de Todos os Santos", a Igreja Católica, através da sua Abadia de
Cluny, na França, determinou que o melhor dia para se comemorar o "Dia
dos Mortos"era logo após o "Dia
de Todos os Santos". Assim, ficou estabelecido o "Dia
de Finados" no
dia 2 de novembro.
Para a Igreja Católica, a noite de "Hallowe’en",
o "Dia de Todos os Santos" e o "Dia
de Finados" são
uma só seqüência e celebram coisas parecidas – a honra e a alma dos mortos! O
catolicismo tenta fazer o "cristianismo" e o paganismo andarem de
mãos dadas!
Conclusão
Meus queridos
professores de inglês, o que há de tão "happy" no Halloween? Onde
está a suposta felicidade transmitida pela festa de Samhain? Pessoalmente, não
consigo enxergar nada além de trevas espirituais.
Para quem não sente prazer com o sofrimento,
"divertida" é uma palavra pouco apropriada para descrever a festa de
Samhain, marcada pela angústia, pelo medo, pela depressão, além das piores
crueldades e contatos com um mundo espiritualmente tenebroso. Nem os celtas
simpatizavam com a festa de Samhain.
O Halloween é uma algolagnia* que leva as
crianças a se familiarizarem com o sadismo cândido da infância e desperta o que
existe de pior dentro de cada adolescente. É o avesso das relações sociais
equilibradas! É a fusão com a distorção de valores do mundo cão, onde seus
participantes tornam-se vítimas espiritualmente impotentes!
O profeta Isaías nos adverte:
"Quando vos disserem: Consultai os
necromantes e os adivinhos, que chilreiam e murmuram, acaso, não consultará o
povo ao seu Deus? A favor dos vivos se consultarão os mortos? À lei e ao
testemunho! Se eles não falarem desta maneira, jamais verão a alva"
(Isaías 8.19-20).
Meu querido leitor, a opção é sua:
consultar aqueles que tagarelam e consultam mortos e adivinhos ou confiar no
que diz a Lei do Senhor.
A Bíblia é clara na opção que devemos
seguir:
"Não se achará entre ti quem faça passar
pelo fogo o seu filho ou a sua filha, nem adivinhador, nem prognosticador, nem
agoureiro, nem feiticeiro; nem encantador, nem necromante, nem mágico, nem quem
consulte os mortos; pois todo aquele que faz tal coisa é abominação ao SENHOR;
e por estas abominações o SENHOR, teu Deus, os lança de diante de ti. Perfeito
serás para com o SENHOR, teu Deus" (Deuteronômio 18.10-13).
Estamos vivendo em tempos de perversão
coletiva, onde a face enganosa de Satanás se manifesta algumas vezes de forma
descarada, mas muitas vezes sutilmente e camuflada por trás de um ingênuo
Halloween - O Festival
dos Mortos
O Samhain, mais conhecido como Halloween,
originou-se nos antigos festivais de outono dos celtas. Eles viveram há
centenas de anos onde, atualmente, é Grã-Bretanha e o norte da França. Os
celtas eram guias espirituais influentes ligados à magia e feitiçaria.
Acreditavam que o Ano Novo deveria ser comemorado no último dia de outubro.
Para esse povo, o véu entre o mundo dos vivos e dos mortos, nessa noite, se
tornava mais frágil, sendo o momento ideal para se comunicar com os que já
morreram. Os celtas acreditavam que os espíritos dos mortos voltavam ao antigo
lar para ter contato com os entes queridos e, se os vivos não providenciassem
alimentos para eles, coisas terríveis poderiam acontecer.
Se não houvesse uma
receptividade nesse dia, os mortos atormentariam os vivos e a noite seria de
medo. Temendo a ação dos espíritos, os celtas acendiam fogueiras para honrar os
deuses e sacrificavam-lhes animais. Eles temiam que os mortos dizimassem seus
rebanhos e destruíssem suas casas. Para confundir os espíritos, os celtas se
vestiam de preto e usavam máscaras. Os sacrifícios eram ofertados num altar
adornado com maçã, símbolo da vida eterna. O vinho era substituído por sidra ou
suco de maçã. Tudo isso acontecia em ritmo de muita música e dança.
Muitos desconhecem a
origem do Halloween e embarcam na onda das comemorações. É uma noite de alegria
e festa, que está associada aos rituais pagãos da Antigüidade. O Samhain ou
Halloween é um dos sabbats (feriados da roda do ano) comemorado no dia 31 de
outubro no hemisfério norte e, no dia 30 de abril, no sul, marcando o início de
um novo período na vida. É o festival dos mortos, onde os espíritos dos seres
amados e dos amigos, já falecidos, devem ser honrados. O sentido do Halloween é
sintonizar os vivos com os mortos e enviar-lhes mensagens de amor e harmonia.
Nesse dia, também é celebrado o final do verão e o antigo Ano Novo celta.
No Dia das Bruxas, os
convens (grupos de 13 membros adeptos da bruxaria) realizam brincadeiras com
dança e música. Tudo é comemorado com muito ponche, bolos, doces e a cor
predominante é o preto. Assim como no passado, ainda hoje os bruxos mantêm a
antiga tradição dos celtas e os nomes das pessoas, que já morreram, são
queimados no caldeirão sem conotação de tristeza. No altar, também não faltam
as tradicionais máscaras de abóboras com velas acesas dentro, para espantar os
maus espíritos e os duendes que vagam pelas noites do Samhain, que significa “sem luz”, pois para os bruxos, nessa noite, Deus morreu e o
mundo mergulhou na escuridão.
Bruxaria vira estilo de vida
A bruxaria virou hobby e até estilo de vida para algumas mulheres. O lema das
feiticeiras é o seguinte: “desde
que não prejudiques ninguém, faze como quiseres”. Partindo desse princípio, elas praticam magia,
através de feitiços e rituais que variam de acordo com a tradição. Os ritos são
praticados ao ritmo das forças vitais, marcadas pelas fases da lua e os
feriados sazonais. Uma vez por mês, durante a lua cheia, os bruxos se reúnem
para realização de feitiços e rituais extraordinários.
As feiticeiras do novo milênio
são diferentes daquelas que usavam roupas e chapéus pontiagudos e pretos. Elas
estudam as propriedades medicinais das ervas, os ciclos da lua e as mudanças
climáticas para aplicar tais conhecimentos “de forma
terapêutica”.
As poções mágicas são
provenientes das simpatias, rezas e crendices populares. Boa parte do arsenal
das bruxas são simpatias e orações para pedir aos “deuses da natureza”, muito
evocados pelas rezadeiras. Elas também ficam atentas aos ciclos da natureza.
Portanto, quem tem o hábito de cortar cabelos de acordo com as fases da lua é
adepto de uma prática de bruxaria sem saber.
Os feitiços são preparados em
qualquer lugar. Mas bosques, jardins ou cozinha são os seus locais prediletos.
Esses lugares têm dois pré-requisitos fundamentais para a bruxaria: o clima
especial e os elementos que simbolizam a energia mágica que circula no universo
– terra, fogo, água e ar. É com a ajuda desses elementos que as feiticeiras
elaboram as fórmulas mágicas. Quem pensa que caldeirão, vassoura e varinha são
coisas do passado, engana-se. Esses objetos foram substituídos e são usados com
freqüência.
Disse Jesus:
“Conhecereis a verdade,
e a verdade vos libertará” (João 8.32). Há pessoas que
desconhecem o Evangelho e não sabem que Deus é único e não há outros “deuses” diante d’Ele. Portanto, qualquer prática de consulta
aos mortos ou adoração a “deuses”, oferecendo-lhes qualquer sacrifício é abominável ao Senhor. A prova
disso está no livro 2 Crônicas no capítulo 33, versículo 6, que diz:
“Queimou seus filhos como oferta no vale do filho de Hinom, adivinhava
pelas nuvens, era agoureiro, praticava feitiçarias, tratava com necromantes e
feiticeiros e prosseguiu em fazer o que era mau perante o Senhor, para o
provocar à ira”. 2 Crônicas 33.6
Logo, de acordo com a Bíblia,
pode-se concluir que a bruxaria não passa de mais uma artimanha do diabo para
desviar pessoas do caminho, da verdade e da vida. Ainda segundo a Bíblia, o
homem foi criado à imagem e semelhança de Deus para servir só a Ele. O Livro
Sagrado também ensina que a pessoa deve ter apenas Jesus Cristo como Senhor e
Salvador de sua vida.
“Não vos voltareis para os necromantes, nem para os adivinhos; não os
procureis para serdes contaminados por eles. Eu sou o Senhor, vosso Deus”
(Levítico 19.31).
Bibliografia:
1. Mistérios do Desconhecido: Bruxas e Bruxarias. Time-Life Books Inc. Edição em língua portuguesa publicada pela Abril Livros Ltda, Rio de Janeiro, RJ, 1994, página 123.
2. Idem.
3. Grimassi, Raven, Os Mistérios Wiccanos (Antigas Origens e Ensinamentos). Editora Gaia Ltda. São Paulo, SP, 2000, página 24.
4. Id., página 170.