sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Trecho do livro: O Jesus que eu não conhecia. De Fhilip Yancey

                                                                             
   Estou convencido de que, para esses santos negligenciados, os quais aprenderam a antecipar e a desfrutar de Deus apesar das dificuldades da vida na terra, o céu parecerá mais com um retorno para o lar há muito aguardado do que uma visita a um novo lugar. Na vida deles, as bem-aventuranças tornaram-se reais. Para as pessoas que foram apanhadas pela dor, em lares desfeitos, no caos econômico, no ódio e no medo, na violência — para essas, Jesus oferece uma promessa de um tempo, mais longo e mais substancial do que este tempo na terra, de saúde e de inteireza, de prazer e de paz. Um tempo de recompensas.

A grande inversão. Com o tempo aprendi a respeitar e até a esperar as recompensas que Jesus prometeu. Mesmo assim, essas recompensas se encontram em algum lugar no futuro, e as promessas pendentes não satisfazem as necessidades imediatas. Ao longo do caminho, cheguei a crer que as bem-aventuranças referem-se ao presente também, além do futuro. Precisamente contrapõem o sucesso no reino do céu ao reino deste mundo.
J. B. Phillips traduziu as bem-aventuranças que se aplicam ao reino deste mundo:

Felizes os “intrometidos”: pois subirão a postos elevados no mundo.
Felizes os que têm pavio curto: pois nunca permitirão que a vida os machuque.
Felizes os que se queixam: pois conseguem fazer o que querem no final.
Felizes os blasés: pois nunca se preocupam com os seus pecados.
Felizes os escravizadores: pois obterão resultados.
Felizes os homens notáveis deste mundo: pois se aproveitam das circunstâncias.
Felizes os perturbadores: pois são notados pelos outros.1

A sociedade moderna vive por regras de sobrevivência dos mais capacitados. “Aquele que morre com mais brinquedos é o vencedor”, diz a frase de um pára-choque. Da mesma forma a nação com as melhores armas e com o maior PIB. O proprietário dos Chicago Bulls apresentou um resumo compacto das regras que governam o mundo visível na ocasião da aposentadoria (temporária) de Michael Jordan. “Ele está vivendo o sonho americano”, disse Jerry Reinsdorf. “O sonho americano é atingir um momento na vida em que não é preciso fazer nada que você não queira e em que pode fazer tudo o que quer.”
Esse pode ser o sonho americano, mas sem dúvida não é o sonho de Jesus conforme revelado nas bem-aventuranças. As bem-aventuranças expressam com bastante clareza que Deus avalia este mundo por um conjunto de lentes. Deus parece preferir os pobres e os que choram, à Loteria Federal e aos supermodelos que se divertem na praia. É estranho, Deus pode preferir a América Latina do Centro e do Sul à praia de Malibu, e Ruanda a Monte Carlo. Na verdade, poder-se-ia colocar um subtítulo no sermão do monte, não a “sobrevivência dos mais aptos”, mas o “triunfo das vítimas”.
Diversas cenas nos evangelhos apresentam um bom quadro do tipo de pessoas que impressionou Jesus. Uma viúva que colocou seus últimos dois centavos como oferta. Um desonesto cobrador de impostos tão arrasado pela ansiedade que subiu em uma árvore para ter uma visão melhor de Jesus. Uma criança sem nome, sem descrição. Uma mulher com uma fileira de casamentos infelizes. Um mendigo cego. Uma adúltera. Um homem com lepra. A força, a boa aparência, as boas relações e um instinto competitivo podem trazer o sucesso para uma pessoa em uma sociedade como a nossa, mas são exatamente aquelas qualidades que bloqueiam a entrada no reino do céu. A dependência, a tristeza, o arrependimento, um anseio de mudar — esses são os portões para o reino de Deus.
“Bem-aventurados os pobres de espírito”, disse Jesus. Um comentário traduz para “Bem-aventurados os desesperados”. Não tendo a quem buscar, os desesperados se voltam para Jesus, o único que pode oferecer a libertação por que anseiam. Jesus realmente cria que uma pessoa pobre de espírito, ou chorosa, ou perseguida, ou faminta e sedenta da justiça tem uma “vantagem” especial sobre o restante de nós. Talvez, apenas talvez, a pessoa desesperada clame a Deus pedindo ajuda. Nesse caso, essa pessoa é verdadeiramente bem-aventurada.
Os estudiosos católicos cunharam a expressão “a opção de Deus pelos pobres”, em referência a um fenômeno que encontraram no Antigo e no Novo Testamento: a parcialidade de Deus para com os pobres e os prejudicados. Por que Deus destacaria os pobres para atenção especial em detrimento de qualquer outro grupo?, eu ficava imaginando. O que “faz os pobres merecerem a preocupação de Deus? Recebi ajuda nessa pergunta de uma escritora chamada Monika Hellwig, que faz uma lista das seguintes “vantagens” de ser pobre:
1.    Os pobres sabem que têm premente necessidade de redenção.
2.    Os pobres reconhecem não apenas sua dependência de Deus e de gente poderosa como também sua interdepen­dência uns dos outros.
3.    Os pobres depositam a segurança não nas coisas, mas nas pessoas.
4.    Os pobres não têm um senso exagerado de sua própria importância e nenhuma necessidade exagerada de privaci­dade.
5.    Os pobres esperam pouco da competição e muito da coope­ração.
6.    Os pobres conseguem distinguir entre necessidade e luxo.
7.    Os pobres podem esperar, porque adquiriram uma espécie de paciência obstinada nascida de uma dependência reconhecida.
8.    Os temores dos pobres são mais realistas e menos exage­rados, porque já sabem que a pessoa pode sobreviver a grandes sofrimentos e necessidades.
9.    Quando os pobres ouvem a pregação do evangelho, ele soa como boas novas e não como uma ameaça ou repre­ensão.
10. Os pobres podem reagir ao apelo do evangelho com certo abandono e com uma inteireza descomplicada porque têm tão pouco a perder e estão prontos para tudo.

Em suma, não por escolha própria — podem intensamente desejar o contrário —, as pessoas pobres encontram-se em uma postura que se encaixa na graça de Deus. Em sua condição de necessidade, de dependência e de insatisfação com a vida, podem dar boas vindas ao livre dom do amor de Deus.
Como exercício voltei à lista de Monika Hellwig, substituindo a palavra “pobres” pela palavra “ricos”, e alterando cada frase para o seu inverso. “Os ricos não sabem que precisam prementemente de redenção... Os ricos não depositam a confiança nas pessoas, mas nas coisas...” (Jesus fez uma coisa parecida na versão de Lucas das bem-aventuranças, mas essa parte recebe muito menos atenção: “Mas ai de vós, os ricos! Pois já tendes a vossa consolação...”.)
A seguir, tentei uma coisa ainda mais ameaçadora: substituí “ricos” pela palavra “eu”. Revendo cada uma das dez declarações, perguntei-me se minhas próprias atitudes se pareciam mais com as dos pobres ou com as dos ricos. Reconheço facilmente minhas necessidades? Rapidamente dependo de Deus e das outras pessoas? Onde fica a minha segurança? Estou mais pronto a competir ou a cooperar? Posso distinguir entre necessidades e luxos? Sou paciente?
As bem-aventuranças me parecem boas novas ou uma espécie de repreensão?
Quando fiz esse exercício comecei a perceber por que tantos santos voluntariamente se submetem à disciplina da pobreza. A dependência, a humildade, a simplicidade, a cooperação e um senso de abandono são qualidades grandemente prezadas na vida espiritual, mas extremamente fugidias para as pessoas que vivem no conforto. Podem existir outros caminhos para Deus mas — ah! — são difíceis, tão difíceis como um camelo se espremendo pelo buraco de uma agulha. Na grande inversão do reino de Deus, os santos prósperos são muito raros.
Não creio que os pobres sejam mais virtuosos do que qualquer outra pessoa (embora tenha descoberto que são mais compassivos e com freqüência mais generosos), mas são menos inclinados a fingir que são virtuosos. Não têm a arrogância da classe média, que pode habilmente disfarçar seus problemas sob uma fachada de justiça própria. São mutuamente mais dependentes, porque não têm escolha; precisam depender dos outros simplesmente para sobreviver.
Agora vejo as bem-aventuranças não como divisa protetora, mas como profundas perspectivas dentro do mistério da existência humana. O reino de Deus vira a mesa. Os pobres, os famintos, os que choram e os oprimidos de fato serão bem-aventurados. Não, naturalmente, por causa de seu estado de infortúnio — Jesus passou grande parte da vida tentando remediar esses infortúnios. Antes, são bem-aventurados por causa de uma vantagem inata que têm sobre os mais privilegiados e auto-suficientes. As pessoas ricas, com sucesso e belas podem muito bem passar pela vida descansando em seus dotes naturais. As pessoas que têm falta de tais privilégios naturais, uma vez desqualificadas para o sucesso no reino deste mundo, têm simplesmente de se voltar para Deus no momento da necessidade.

Os seres humanos não admitem prontamente o desespero. Quando o fazem, o reino do céu se aproxima.



A realidade psicológica. Mais recentemente, passei a ver um terceiro nível nas bem-aventuranças. Além de Jesus oferecer um ideal para lutarmos por alcançar, com recompensas cabíveis em mira, além de virar a mesa de nossa sociedade viciada em sucesso, também estabeleceu uma fórmula simples de verdade psicológica, o nível mais profundo da verdade que conhecemos na terra.
As bem-aventuranças revelam que aquilo que sucede no reino do céu também nos beneficia mais nesta vida aqui e agora. Levei muitos anos para reconhecer esse fato, e apenas agora estou começando a entender as bem-aventuranças. Elas ainda me fazem tremer toda vez que as leio, mas assustam porque reconheço nelas uma riqueza que desmascara minha própria pobreza.
Bem-aventurados os pobres de espírito [...] Bem-aventurados os mansos. Um livro como Intellectuals (Os intelectuais), de Paul Johnson, apresenta com minúcias convincentes tudo aquilo que sabemos ser verdadeiro: as pessoas que elogiamos, aquelas com as quais tentamos competir e as que apresentamos na capa das revistas populares não são as satisfeitas, as felizes, as equilibradas que possamos imaginar. Embora as personagens de Johnson (Ernest Hemingway, Bertrand Russell, Jean-Paul Sartre, Edmund Wilson, Bertoldt Brecht etc.) sejam consideradas vencedoras por qualquer padrão moderno, seria difícil reunir um grupo mais infeliz, mais egomaníaco e mais corrompido.
Minha carreira de jornalista me tem proporcionado oportuni­dades de entrevistar “astros”, mesmo dos grandes times de futebol da Liga Americana de Futebol, atores do cinema, músicos, autores de best-sellers, políticos e personalidades da TV. Essas são as pessoas que dominam a mídia. Nós as bajulamos, vasculhando-lhes minucio­samente a vida: as roupas que usam, a comida que comem, as trilhas de corrida que seguem, as pessoas que amam, o dentifrício que usam. Mas posso dizer que, em minha limitada experiência, descobri que o princípio de Paul Johnson continua verdadeiro: nossos “ídolos” são o grupo de pessoas mais infelizes que já conheci. Muitos têm casamentos problemáticos ou desfeitos. Quase todos são incuravelmente dependentes da psicoterapia. Numa grande ironia, esses heróis maiores que a própria vida parecem atormen­tados pela dúvida acerca de si mesmos.
Também passei tempo com pessoas a que chamo “servos”. Médicos e enfermeiras que trabalham entre os últimos párias, pacientes com lepra na Índia rural. Um graduado de Princeton que dirige um abrigo para os sem-teto de Chicago. Trabalhadores da área médica que abandonaram empregos altamente remunerados para atuar em alguma cidadezinha do Mississippi. Assistentes sociais na Somália, no Sudão, na Etiópia, em Bangladesh e em outros depósitos do sofrimento humano. Os PhDs que conheci no Arizona, agora espalhados pelas selvas da América do Sul traduzindo a Bíblia para línguas obscuras.
Eu estava preparado para honrar e admirar esses servos, para considerá-los exemplos inspiradores. Não estava preparado para invejá-los. Mas agora, quando reflito sobre os dois grupos lado a lado, astros e servos, os servos claramente sobressaem como favorecidos e agraciados. Sem dúvida, preferiria gastar tempo entre os servos a gastá-lo entre os astros: possuem qualidades de profundidade e de riqueza e até mesmo alegria que não encontrei em nenhum outro lugar. Os servos trabalham por pouco pagamento, longas horas e sem aplausos, “desperdiçando” seus talentos e habilidades entre os pobres e iletrados. De alguma forma, entretanto, no processo de perder a vida, a encontram.
Os pobres de espírito e os mansos são realmente abençoados, creio agora. Deles é o reino dos céus, e são eles que herdarão a terra.
Bem-aventurados os puros de coração. Durante um período de minha vida em que lutava contra a tentação sexual, encontrei um artigo que me levou a um livrinho, What I believe [Em que creio], de um escritor católico francês, François Mauriac. Surpre­endeu-me que Mauriac, homem idoso, dedicasse considerável espaço para discutir sua própria concupiscência. Ele explicava: “A idade avançada arrisca-se a ser um período de redobrada tentação, porque a imaginação de um homem velho substitui de maneira horrível o que a natureza lhe recusa”.
Eu sabia que Mauriac entendia de concupiscência. Viper’s tangle [A teia da víbora] e A kiss for the leper [Um beijo no leproso], romances que o ajudaram a ganhar o prêmio Nobel de literatura, descrevem a concupiscência, a repressão e a angústia sexual tão bem como nada mais que tenha lido. Para Mauriac, a tentação sexual era um campo de batalha conhecido.
Mauriac descartou a maior parte dos argumentos a favor da pureza sexual que aprendeu em sua educação católica. “O casamento vai curar a concupiscência”: não no caso de Mauriac, como para muitos outros, porque a concupiscência implica a atração de criaturas desconhecidas e o gosto da aventura e dos encontros fortuitos. “Com a autodisciplina, consegue-se dominar a concupiscência”: Mauriac descobriu que o desejo sexual é como uma maré enchente bastante poderosa para acabar com todas as melhores intenções. “A verdadeira satisfação só pode ser encontrada na monogamia”: isso pode ser verdade, mas certamente não parece verdade para alguém que não encontra alívio da absoluta necessi­dade sexual mesmo na monogamia. Assim, ele avaliou os argumentos tradicionais a favor da pureza e descobriu que são incompletos.
Mauriac concluiu que a autodisciplina, a repressão e os argumentos racionais são armas inadequadas para lutar contra o impulso da impureza. No fim, ele encontraria apenas um motivo para ser puro, e é o que Jesus apresentou nas bem-aventuranças: “Bem-aventurados os puros de coração, pois eles verão a Deus”. Nas palavras de Mauriac: “A impureza nos separa de Deus. A vida espiritual obedece a leis tão verificáveis quanto as do mundo físico [...] A pureza é a condição para um amor mais elevado — para a posse acima de todas as outras posses: a de Deus. Sim, isso é o que está em jogo, e nada menos”.
 Philip Yancey

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Sacrifício Irracional Cristão.


Sacrifício Irracional


É muito difícil essa vida de Cristão, é uma vida de confusão e incertezas. A igreja está marchando para um céu conquistado por sua fidelidade nos sacrifícios dos envelopes, nos cumprimentos dos votos e ritualismos da prosperidade. Mas nas mentes das pessoas, essa é a única forma de agradar a Deus, sendo fieis nos votos. O engano é por não conhecerem a Verdade, só Ela poderá libertá-los das mãos dos mercadores da fé.

Pessoas humildes, senhoras e senhores sem instrução, pessoas de várias camadas da sociedade, mas que são oprimidas pelos demônios, por doenças, por dívidas, falta de paz e lhes sobram humilhações, procuram um alívio em Cristo, mas são enganadas e ensinadas erradamente a se desfazerem da maldição e doenças fazendo um sacrifício de fé.

Os pastores mercenários descobriram que é mais fácil para as pessoas doarem algo material do que doarem a si mesmos.
Está difícil tirar as mulheres da frente das novelas imundas, desprenderem os homens dos programas com mulheres seminuas de domingo. Está difícil barrar tanta imoralidade e sedução das roupas provocantes e sensualidade explícita deste século. As pessoas pararam de achar imoral certos comportamentos e a Igreja que deve ser imaculada, está sucumbindo a tanta oferta de satisfação das concupiscências. A liberalidade chegou aos escolhidos, a filosofia cristã se perdeu quanto ao parâmetro de santidade que não pode ser pensada ou estudada, mas praticada por sabermos com veemência sua totalidade. Cristo é nossa filosofia. Fonte de sabedoria, fonte de amor, fonte de conhecimento, a nossa busca.
Deparei-me com um acontecimento lastimável há poucos dias. Estava eu perto de algumas pessoas que estavam conversando e uma delas se manifestou dizendo que estava na hora de ir porque avia de ir à igreja, eu então perguntei somente por curiosidade que igreja essa pessoa congregava, ela me deu uma resposta inesperada: “Vou à igreja “tal” (não vou revelar o nome), mas lá não é muito bem uma igreja de crente, essas coisas, é só pra ajudar um pouco, aliviar a tensão, lá não exige nada é só pra ir mesmo.”
Fiquei sem palavras.
Essa pessoa deixou de conversar com seus amigos porque existia nela um compromisso com a igreja. Mas não havia um senso de compromisso com Cristo. Talvez nem soubesse o que estava fazendo ali. Assim são muitas pessoas que se sentem bem em ouvir poucas coisas sobre Deus, mas não o conhecem. Igual a Jó que conhecia Deus só de ouvir falar. Sem experiências pessoais.
Buscar intimidade com Deus agora é buscar ser abençoado, quanto mais abençoado, mais próximos de Deus estaremos, é o que pregam. O padrão estabelecido agora é o da prosperidade e o da cura, se é prospero ou foi curado, esse agradou a Deus. Os que conquistam bênçãos, os que satisfazem seus desejos são os que merecem respeito e são chamados para darem testemunhos de como Deus agiu em suas vidas.
Aqueles que buscam santidade, que buscam unção, dons espirituais, vida irrepreensível estão na contra mão do modismo da vã religião praticada por grandes e influenciáveis igrejas.
O argumento de que está dando certo o que está acontecendo nestas igrejas, que Cristo está operando, que há pessoas sendo abençoadas, que há pessoas sendo curadas e que pessoas estão deixando de serem oprimidas, impulsionam e até encorajam mais praticantes.
Eu até concordo que está dando certo, porque estão alcançando seus propósitos, tanto os pastores mercenários quanto as pessoas que querem coisas.
A Bíblia nos ensina que onde abundou o pecado super abundou a graça. Onde há muita gente problemática, há necessidade de mais graça.
Deus é amor, há em Deus a plenitude do amor que age na vida das pessoas de tal forma, que quando alguém o invoca, mesmo que seja para conquistar algo, Deus o socorre.
As pessoas não estão buscando o Deus de todas as coisas, não estão buscando o Reino de Deus, não estão buscando Deus, estão sim é buscando as coisas de Deus, esse pecado é ignorado por Deus por sua tamanha misericórdia. Mas não é ignorado pelo diabo, ele aproveita da falta de conhecimento dessas pessoas e entra no lugar, na brecha e destrói todas as suas conquistas, oprimindo-as, obrigando-as buscarem novamente e a viverem de livramento em livramento e não de glória em glória.  
A Bíblia deixa muito claro que não devemos viver buscando coisas, porque todas as bênçãos vem como acréscimos a obediência e obediência na vontade de Cristo, em buscar primeiramente o Reino e sua Justiça.
Muitos já estão petrificados na prática errada porque nasceram e receberam estudos intencionados para condicionar seus comportamentos. Não conhecem nada diferente do que estão vendo, perecem por não conhecerem nada melhor, um nível mais alto na espiritualidade. É assim e pronto, dizem.
Servir a Deus nesses moldes não é preciso santidade, basta substituí-la por votos e sermos fieis em cumpri-los.
A igreja está sendo orientada a substituir o sacrifício racional pelo irracional.
O Apóstolo Paulo ficaria chocado com isso. Para Paulo que aprendeu do próprio Jesus o evangelho puro, ver o que está acontecendo seria uma afronta.
Paulo nos ensina nas cartas que o sacrifício que agrada a Deus é o de se manter puro, sacrifício de dominar sua carne, de dominar as concupiscências de permanecer irrepreensível em toda a maneira de viver.
Uma vida santa, sempre observando as leis de Deus, andar em amor, não cair na carne, buscar conhecimento de Deus, vida de oração e comunhão deve ser nossa busca, mesmo que isso seja para alguns um sacrifício.
Os ensinamentos de Paulo estão sendo substituídos pelos ensinamentos dos mercadores.
A oração é fundamental para nossa comunhão, não uma oração de pedidos, mas uma conversa com seu Criador com teor de agradecimentos.
Jesus disse que tudo que pedirmos em Seu Nome Ele fará, Pedro nos garante que se lançarmos sobre Ele nossa ansiedade somos assistidos. Basta isso, descansarmos em Deus, ter fé o suficiente para acreditar nessa promessa.
Fé para ser bem direto é: acreditar em Deus.
Creia que a graça já providenciou o que as pessoas tem se sacrificado para obter.
Não se confunda mais, Jesus ama muito a todos, quer o melhor para cada um de nós, busque conhecimento da Palavra e viva a liberdade que há em Cristo.
Oséias 6: “Pois misericórdia quero, e não sacrifícios; e o conhecimento de Deus, mais do que os holocaustos”.


Pr. Vagner Vieira

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Realmente somos filhos.


Somos Filhos de Deus.

Quando o diabo tomou tudo o que Deus deu ao homem, inclusive seu domínio sobre todas as coisas, Deus não poderia deixar ficar assim, porque os planos de Deus não podem ser frustrados, o plano original do Criador não podia falhar. Então Deus criou uma forma de chegar ao homem caído e mudar a situação, pôs o plano em prática sendo executado por Seu Filho e por Ele mesmo, tirando o homem da velha natureza e nos dando nova natureza, a de Deus, a natureza original; o próprio Deus se achegou ao homem, isso é graça, é misericórdia de Deus. Deus nos amou primeiro.
O efeito do pecado na vida do homem não dominava Jesus, Jesus não praticou o primeiro pecado. Jesus era um cidadão no mundo, mas não do mundo, estava em um corpo, mas não era dominado pela carne. A maldição da descendência de Adão não dominava Jesus, por ter nascido sem pai terrestre, e nascendo de uma virgem. Consta, conforme estudos históricos e da Bíblia, que Maria era uma jovem temente a Deus, portanto, sem pecados. Apesar de ser 100% homem, Cristo não guardava em seu DNA o pecado de Adão. Tanto que Ele teve que se entregar para a morte se fazendo pecado por nós. Jesus não se contaminou com esse mundo, nEle não chegou a maldição dos descendentes de Adão, porque Jesus não pecou.
Jesus se fez maldito assumindo nosso erro e a injustiça acometida a Jesus foi feita justiça para nós, não se pode cobrar dos que vierem após Cristo, o preço da maldição que nEle sobreveio quando pendurado no madeiro, já foi pago. Morremos para a descendência de Adão e nascemos para sermos filhos de Deus, não com a natureza do passado mas com a natureza de Deus. Podemos dizer que nós somos hoje, descendência de Jesus, porque nascemos de novo, quando alguém nasce não tem passado, morremos para o mundo e ressuscitamos com Cristo para Deus, Trocamos de reino, saímos do reino das trevas e fomos transportados para o reino do filho do seu amor.

II Pedro 1.4 “Pelas quais Ele nos tem dado grandíssimas e preciosas promessas, para que por elas fiqueis participantes da natureza divina, havendo escapado da corrupção, que pela concupiscência há no mundo”.

Deus fez uma nova aliança com o ser humano, que passou a ser considerado por Deus como seus filhos novamente, bastando o homem aceitar o sacrifício de sangue que foi feito pelo Filho de Deus, o Cordeiro de Deus, que tirou o pecado do mundo, trazendo de volta a condição de sermos filhos de Deus.

Em I João 3.1-2 lemos um texto muito esclarecedor, “Vede quão grande amor nos tem concedido o Pai: que fossemos chamados filhos de Deus. Por isso o mundo não nos conhece; porque não conhece a Ele.
2- Amados, agora somos filhos de Deus, e ainda não é manifestado o que havemos de ser. Mas sabemos que, quando Ele se manifestar, seremos semelhante a Ele; porque assim como é O veremos”.

Aos Gálatas 4.6-7 podemos ler: “E porque sois filhos, Deus enviou aos nossos corações o Espírito de seu Filho, que clama : Aba, Pai.
7- Assim que já não é mais servo, mas filho; e, se és filho, és também herdeiro de Deus por Cristo

Já que somos filhos de Deus, podemos viver realmente como filhos do Rei, do Criador da Terra e tudo que há nela, somos filhos do dono do ouro e da prata e do governante de todo o universo.
Não precisamos reivindicar, é só buscarmos o Reino de Deus e sermos fieis, que todas as bênçãos nos serão acrescentadas. JÁ SOMOS FILHOS.

Vocês não estão só

Missionária, Missionários, vocês que estão sendo criticados pela ousadia em levar a Palavra verdadeira e eficaz para libertação do oprimido, não se esqueçam que é maior O que está com vocês. A verdade, assim como a Luz só incomoda a mentira e a escuridão. o Senhor nos deu espírito de ousadia e não de medo.
Sejam firmes, práticos e ousados sempre. Deus diz sim e amém para as intenções e práticas puras e com propósitos de saquear o inferno sem esperança de retorno material.

Pr. Vagner Vieira

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Trecho do livro A Unção de Benny Hinn. Sobre Jesus.


                                        Jesus, o Eu Sou

   O Espírito Santo é o admirável Consolador, Conselheiro e Ajudador, aquele que foi enviado pelo Pai e pelo Filho a fim de estar com, em e sobre o povo de Deus, quando Jesus ascendesse ao céu. E a gloriosa terceira pessoa da Trindade tem o propósito primário de nos revelar o Senhor Jesus Cristo. Na qualidade de Espírito da Verdade, ele toma as realidades de Jesus e as revela àqueles que quiserem ouvir, ver e seguir. Enquanto escrevo a respeito da presença e da unção do Espírito Santo, você nunca deve perder de vista o Senhor Jesus. Essas bênçãos extraordinárias nos são dadas para que você possa conhecer, amar e servir o Senhor. Portanto, quero dedicar algum tempo para meditarmos sobre quem é Jesus, a fim de que você possa entender melhor a vasta importância do assunto deste livro.
O compositor de hinos disse no antigo coro intitulado O Senhor da Glória:
Ele é o Senhor da Glória; ele é o grande EU SOU O Alfa e o Ômega, o começo e o fim. Seu nome é Maravilhoso, Príncipe da Paz, Pai Eterno; por toda a eternidade.


Jesus é a mais plena revelação de Deus. O começo e o fim. O primeiro e o último. A causa e o término. O Amém.
Disse ele: "Eu sou a vida eterna". De eternidade a eternidade — Jesus.
Talvez você pergunte: "Senhor, o que veremos no céu?"
"Eu serei o seu foco de atenção." "Que faremos no céu?" "Adorar-me-ão para sempre." "Que ouviremos no céu?" "Tudo quanto eu lhes revelar." "Que é o céu?" "Minha criação para vocês."
Jesus é o centro de tudo. Somente ele é o "EU SOU O QUE SOU". É isso que está envolvido na vida de quem está "em Cristo". Uma vez que alguém seja salvo, está em Cristo para sempre. Fica revestido de sua vida. Fica revestido com o Princípio e o Fim, com o Alfa e o Ômega.
Por longo tempo, não fui capaz de compreender como Deus poderia dizer alguma coisa e isso ficar estabelecido para sempre. Mas é isso que a Bíblia diz: "Para sempre, ó Senhor, está firmada a tua palavra no céu" (Sl 119.89). Deus profere a palavra e ela fica fixa. O tempo não a afeta. Ela é eterna.
Jesus é a Palavra. O que ele diz é a verdade.
Sem ele, a história não tem significado; de fato, sem ele não há história. Não há causa e nem há conclusão.
A humanidade inteira pergunta: "Quem sou eu? Por que estou aqui? Para onde estou indo?" Quem, por que e para onde? Cristo é a resposta para todas essas três perguntas.

Grande Significado

Como você está percebendo, a declaração de que "Ele é o grande EU SOU" tem profundo significado. Lembra-se? Moisés perguntou a Deus: "Qual é o teu nome?" E quem respondeu? O Anjo do Senhor, Jesus. E ele respondeu: "Eu Sou".
Quem? "EU SOU".
Paulo, escrevendo acerca do Senhor Jesus, em Colossenses 1.16, 17, disse:

Porque nele foram criadas todas as coisas que há nos céus e na terra, visíveis e invisíveis, sejam tronos, sejam dominações, sejam principados, sejam potestades: tudo foi criado por ele e para ele. E ele é antes de todas as coisas, e todas as coisas subsistem por ele.

Por causa disso foi que Moisés pôde dizer aos filhos de Israel que entrassem no mar e o atravessassem. E o mar dividiu-se, deixando-os passar. Você não pode ouvi-lo? "Como foi que ele fez isso?" O EU SOU falou. "Dize aos filhos de Israel que marchem". Então Moisés estendeu a sua vara, e o mar dividiu-se em dois — não por causa da vara, mas por causa do EU SOU.
Elias também falou, e fogo caiu do céu. Mas é que o EU SOU tinha falado.
Um dia, uma jovem de Nazaré, sem saber o que haveria de aconte­cer, viu um anjo que lhe disse, virtualmente: "Maria, o Verbo de Deus está prestes a tornar-se um bebê em teu ventre!"
"Como pode ser isso? Por favor, explique." "Não posso explicar tudo." "Ajude-me a entender." "Não posso."

Ninguém pode entender. As palavras são por demais limitadas para explicar a infinitude. Tudo quanto podemos compreender — e isso de­pois de os acontecimentos terem todos ocorrido — é que o Ilimitado resolveu limitar-se, transformando-se em um ser humano. Ele sairia do corpo de Maria e ela seguraria nos braços um bebê chamado Jesus. Mas Jesus não era o seu nome inteiro. Porque esse nome significa "Sal­vador" ou "Salvação", mas na verdade ele era o EU SOU.
Foi-nos dado um nome para chamá-lo, "Jesus". É assim que nor­malmente chamamos o EU SOU. Por isso mesmo, o nome de Jesus está acima de todo outro nome. Mas a questão é: Como ele era chamado antes de ter-se feito carne humana? Ele era chamado de o Princípio e o Fim, o Alfa e o Ômega, e antes mesmo disso, o EU SOU.
Tendo-se feito carne, andou por este mundo.

Aquele em Quem Tudo Subsiste

De cada vez em que você move um braço, está dizendo: "Jesus está vivo". Você não poderia mover o seu braço, sem a energia que Ele criou. Ele é o poder que conserva o seu coração batendo. Ele é a força que mantém viva a sua carne.
Pense só nisso. Paulo ensinou que Jesus, o EU SOU, é o poder que mantém os átomos em funcionamento. Caso ele desse um passo para trás, então o mundo inteiro, incluindo o seu braço e o seu coração, sim­plesmente se desintegrariam. Examine o trecho de Hebreus 1.3. O Filho de Deus conserva em existência todas as coisas, mediante a sua palavra poderosíssima. -
Os cientistas têm afirmado que alguma força mantém juntos todos os corpos e toda a natureza. O crente pode dizer aos cientistas qual é o nome dessa Força.
Por favor, atente na magnitude daquilo que estou dizendo. Alguém criou este maravilhoso planeta chamado Terra; e, então, esse Alguém veio a este mundo como homem e andou nele. Ele é grande o bastante para criar este grão de poeira, dentro do vasto universo de sua criação e, então, conservá-lo enquanto anda nele.
E se isso não bastar, pense em si mesmo como um grão de poeira, que está vivendo neste outro grão de poeira (a Terra), e, então, reflita sobre o ilimitado Criador de tudo, que resolveu viver em você. E também resolveu salvá-lo. Por quê? EU SOU.
Sim, esse Alguém veio a este mundo, e quando os líderes da nação de Israel, onde ele decidira viver, iraram-se com ele e disseram: "Somos filhos de Abraão", ele replicou suavemente: "Antes que Abraão existis­se, EU SOU".
"Blasfêmia!", bradaram eles. "Não, EU SOU."
"Como podes ser o EU SOU, se tens apenas trinta anos de idade?" "EU SOU."
Diante disso, algum tempo mais tarde, crucificaram-no. Mas não sabiam que a morte não consegue retê-lo, mesmo porque ele é quem detém a morte. E nem sabiam como o sepulcro não era capaz de retê-lo, porque ele retém o sepulcro.
E foi assim que ele ressuscitou dentre os mortos e continua a dizer até hoje: "EU SOU".

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Chega de briga cristã.


Era um dia como outro qualquer no seminário teológico em que eu dava aula. De repente, em meio aos debates da classe, uma irmã soltou o comentário: “Ah, professor, porque na época em que eu era da Igreja Sorveteriana…”. Eu parei, de início sem entender. Mas, enfim, caiu a ficha. O seminário pertencia a uma denominação pentecostal. E a referência que aquela irmã estava fazendo era à Igreja Presbiteriana. O trocadilho ficou por conta da intolerância que existe da parte dos pentecostais com as igrejas tradicionais que, segundo eles, são “frias” (como um sorvete, na lógica da piada). Então a totalmente bíblica, séria e relevante Igreja Presbiteriana virou…sorveteriana. Esse episódio, aparentemente bobo, ocorreu há alguns anos, mas ficou marcado na minha memória. Pois, naquele dia, eu tive de admitir algo que é muito doloroso para um cristão: nós, evangélicos, somos intolerantes. Aliás, muito intolerantes.
Pronto: agora você que, como eu, é evangélico, ficou chateado ou revoltado comigo, porque fiz essa afirmação. “Imagina, Zágari, somos o povo de Deus, a noiva do Cordeiro, embora odiemos o pecado amamos o pecador, como você ousa dizer que somos intolerantes?! Intolerantes são os islâmicos, os talibãs, os ateus, os hindus, os neonazistas… nós jamais!”. Bem, lamento te dizer que Papai Noel não existe, mas se por acaso você pensou qualquer coisa parecida com isso… esse seu simples pensamento já comprova a minha afirmação. Por quê? Porque você não suportou o fato de eu ter essa opinião, se ela diverge da sua. Para comprovar isso basta abrir o dicionário e ler a definição de intolerante: “Aquele que não pode suportar as crenças e as opiniões alheias, se divergem das suas“.
Olhe em volta. Leia o que é escrito todos os dias nas redes sociais cristãs. Ouça o que os telepastores dizem. Sente para comer uma pizza com os irmãos da sua igreja e escute o que eles falam sobre as outras denominações. O que você vai encontrar é um oceano de intolerância. E não estou falando de intolerância contra o pecado, contra grupos gays, contra o governo. Estou falando de intolerância contra outros membros do próprio Corpo de Cristo. Ou seja: a Igreja tornou-se intolerante com a Igreja. A mão não suporta que o pé tenha cinco dedos, o pé não suporta que a barriga tenha umbigo e a barriga não suporta a crença da boca de que ela tem 32 dentes.
De um lado, por exemplo, você tem pentecostais, que não toleram as igrejas históricas. Porque, afinal, batistas, presbiterianos, metodistas e outros ditos “tradicionais” de repente não batem palmas em seus cultos, não falam em línguas estranhas em voz alta, não ficam gritando “glória” e “aleluia” na hora da pregação, não expulsam demônios e outras coisas mais. Graças a coisas como essas, o pentecostal no mínimo coleciona piadinhas que desmerecem as crenças e práticas dos tradicionais – isso quando não fazem acusações sérias sobre eles, como as de “não darem lugar ao Espírito” ou serem igrejas “sem poder”. Algum pentecostal aí vai dizer que isso não acontece? Fato é que nós, pentecostais, não suportamos as crenças e as opiniões dos tradicionais. E se intolerante é aquele que não pode suportar as crenças e as opiniões alheias, se divergem das suas, perdoe-me, mas nos encaixamos direitinho na definição do dicionário. E falo como pentecostal que sou.
Por outro lado, há os tradicionais, que não suportam o tipo de culto dos pentecostais, segundo eles “sem ordem nem decência”. Não suportam a crença de que os dons – como o de profecia e o de variedade de línguas – permanecem atuantes nos nossos dias. Muitos não aceitam expressões mais expansivas de louvor e demonstrações de adoração que saiam de uma liturgia que deve seguir estritamente sua opinião de como uma liturgia deve ser – de preferência descrita direitinho num boletim. E se intolerante é aquele que não pode suportar as crenças e as opiniões alheias, se divergem das suas… olha o dicionário pondo o dedo na cara dos tradicionais.
E isso é só a ponta do iceberg. Os adeptos da Missão Integral se irritam profundamente com os cristãos que não botam fé em seu modelo de ação global junto à sociedade. Os que são contra a Missão Integral os acusam de marxismo travestido de cristianismo. A Igreja Emergente não suporta a opinião dos ortodoxos e os ortodoxos discordam veementemente das crenças de miscigenação igreja-sociedade da Igreja Emergente. Quem ama “Love wins” acusa John Piper de não ter amor. Quem gosta de John Piper não tolera o suposto universalismo de Rob Bell. Os teólogos da Teologia Relacional não suportam a crença de que Deus está no controle das catástrofes mundiais e quem defende a soberania de Deus sobre tudo o que ocorre no mundo não suporta a opinião dos defensores da Teologia Relacional. Os desigrejados não suportam a Igreja institucional e quem frequenta a Igreja institucional não suporta a opinião da igreja dos sem-igreja. Os arminianos não suportam as crenças dos calvinistas e os calvinistas pensam que arminianismo é uma tremenda ignorância teologica.
E por aí vai.
Haveria muito mais a dizer e a comparar, muito mais setores, divisões e facções dentro da Igreja Evangélica. Mas creio que você já conseguiu captar o espírito da coisa, não preciso ficar listando tudo aqui. A verdade é que a Igreja Evangélica tem demonstrado uma gigantesca intolerância em suas ramificações, pois “não pode suportar as crenças e as opiniões alheias, se divergem das suas”.
A grande questão
E direito de cada um crer no que quiser. Algumas das teologias que mencionei acima eu considero heresias, outras considero posturas equivocadas. Mas a grande questão é: como lido com isso? Como trato os irmãos que discordam de mim? (E repare que os chamei de irmãos, apesar das divergências). O cerne do problema está no trecho da definição do dicionário de intolerante que se refere a “não poder suportar”. Pois “não poder suportar” se traduz na prática como sendo algo com que é impossível de se lidar. E, por isso, já que é impossível lidar de modo racional, faz-se da forma mais primitiva, instintiva e animalesca que é possível a um ser humano: com ofensas, agressões, destratos, acusações, ad hominem, piadinhas de mau gosto, demerecimento do que é importante para o outro e por aí vai. E tudo isso, meu irmão, minha irmã… é um comportamento mundano. E, logo, é pecado.
Sim, é pecado, pois as Sagradas Escrituras deixam claro:
“Amarás ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todas as tuas forças, e de todo o teu entendimento, e ao teu próximo como a ti mesmo” (Lucas 10.27).
“E se há algum outro mandamento, tudo nesta palavra se resume: Amarás ao teu próximo como a ti mesmo.” (Romanos 13.9b).
“Porque toda a lei se cumpre numa só palavra, nesta: Amarás ao teu próximo como a ti mesmo” (Gálatas 5.14).
Sim: a intolerância exclui o amor.
Ou seja: na maioria dos casos a nossa discordância se torna intolerância e a intolerância se torna o pecado da falta de amor ao próximo. E como um abismo chama outro abismo, o passo seguinte à falta de amor ao próximo é outro grande pecado que tem assolado a Igreja Evangélica brasileira: desunião. Mas sobre isso falarei em outro artigo.
Sim, eu e você somos intolerantes. E, consequentemente, arrogantes. E, consequentemente, pecadores. Está mais do que na hora de deixarmos essa intolerância, essa arrogância e esse pecado de lado. E a única forma para alcançarmos esse objetivo é passarmos a ser aqueles que podem SIM suportar as crenças e as opiniões alheias, mesmo se divergem das nossas. E isso só será possível se nos concentrarmos no que é comum a todos os membros do Corpo de Cristo, seja a mão, o pé, o olho, o duodeno ou o pâncreas: o DNA que todos esses membros carregam em si: Cristo. Seus ensinamentos e mandamentos. Dar a outra face. Andar a segunda milha. Ajudar o inimigo ferido. Tomar a própria cruz e segui-lo. Viver a espiritualidade plena que o Evangelho propõe. Chega de intolerância. Chega de perder tempo discutindo bobagens. Chega de defender com orgulho besta o seu ponto de vista. Ouça mais. Fale menos. Pare de ser o dono da verdade e esteja aberto a outras possibilidades. Se te acusarem, responda com gentilezas. Ame quem discorda de você. No mínimo, trate-o com amor e respeito. Discuta ideias, não ofenda pessoas.
Últimas palavras
Oremos todos por isso. Ajamos nesse sentido. Para que abandonemos imbecilidades como chamar aqueles que são diferentes de nós de “sorveterianos”. Pois isso não é uma piadinha sem maldade. É sintoma de uma doença grave,  que tem infectado a Igreja Evangélica: o câncer da intolerância. E que provoca efeitos colaterais demoníacos, como a falta de amor. É isso é algo muito sério, e que fazemos aos montes, seja falando mal de um ou outro numa twitcam, num tweet, no facebook, no youtube, nos corredores da igreja ou na roda dos escarnecedores. Se você age com essa irreverência, chega. Basta. Promova a unidade que Jesus pediu em oração ao Pai que tivéssemos. Esse é o meu e o seu papel. Pois só assim seremos uma Igreja que começa a engatinhar rumo à tolerância que Jesus espera de nós.
Paz a todos vocês que estão em Cristo.
Autor: Mauricio Zágari

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Igreja confusa - Utilidade inútil


Utilidade inútil.


   Fico observando a direção que a Igreja está tomando.

A igreja está batendo a cabeça sem saber realmente como servir a Deus, não tem informações sobre o Evangelho da liberdade em Cristo.
Muitos estão confusos quanto ao que Deus lhe concedeu com a nova Natureza.
Primeiro quero comentar o que Cristo fez conosco. 
Cristo nos matou.
Vou explicar: Adão era ligado em Deus porque encontrava nele a Natureza de filho do Justo, filho de Deus e havia a ligação entre ele e o Pai em espírito íntegro, inocente sem desobediências.
Mas um dia Adão desobedeceu ao Pai, o pecado não foi o de comer a fruta, mas o de desobedecer uma ordem do Criador.  
A morte de Adão foi imediata, porque ele morreu em espírito, “certamente morrerás” Deus Pai adiantou. Adão, perdeu no momento da desobediência, sua ligação com o Criador. Deus não estava falando da morte física, até porque Adão só morreu fisicamente com 930 anos. Mas no jardim, Deus já havia percebido o desligamento entre Ele e Adão quando perguntou onde Adão estava, e sua pergunta demonstrou a Adão a besteira que ele havia feito, porque a indagação para ele soou como: “O que você fez, meu filho?”.
O diabo criou seus súditos que são os que lhe obedecem. Os que desobedecem as leis de Deus, automaticamente obedecem ao diabo. Não ha meio termo.
Para Deus colocar mais uma vez a criação debaixo de sua obediência, criou leis e determinou que todos que quisessem ficar livres da maldição que sobreveio a Adão, teriam que sacrificar um cordeiro e apresentar, por meio do sumo sacerdote, o sangue desse cordeiro a Deus.
Mas um dia isso ficou repetitivo e não surtia mais efeito porque todos já praticavam por costume e não por obediência.
Deus então fez um plano que resolveria para sempre a questão. Enviou seu Filho como o Cordeiro que seria morto para todos aqueles que o aceitassem como sendo o seu cordeiro. O Cordeiro que seria sacrificado e seu sangue apresentado ao Pai pelo Sumo Sacerdote que foi o próprio Cristo, em sinal de obediência.
Jesus fez mais que isso, Ele matou todos que estavam no reino do diabo e os ressuscitaram juntamente com Ele mesmo, lhes dando um novo nascimento. Todos foram transportados do reino das trevas para o Reino da Luz. Isso se deu no espírito, nós não morremos na carne para nascermos novamente em Jesus. Morremos para a maldição, para o reino onde encontrávamos e renascemos em um novo Reino, em espírito. Agora temos uma nova natureza, por isso temos que viver assim como Paulo nos mostra na carta endereçada aos Romanos que diz que temos que andar em novidade de vida.
Por que renascer em Cristo nos dá uma nova natureza?
Porque Jesus não herdou a natureza de Adão. Jesus não teve pai humano, descendentes de Adão, sua mãe era temente a Deus, então Jesus não herdou a natureza mundana, das trevas, da desobediência, Ele foi perfeitamente santo desde o nascimento e o é até sempre.
   Nas minhas observações, vejo que a Igreja está buscando o melhor de Deus para suas vidas. Existem músicas que em suas mensagens declaram que o melhor de Deus ainda está por vir. Verdadeiramente o melhor de Deus já veio. Jesus.
Jesus cumpriu as Leis, se fez maldição e nos deu o resultado disso.
Jesus livrou as pessoas do inferno, da maldição de misérias e doenças, as livraram da opressão do mau, das garras de satanás e da morte eterna e ainda querem coisa melhor.
Agora à Igreja pertence a vida eterna, a mesa do Pai, a mansão celestial, a vida abundante, liberdade, salvação, proteção, graça e já somos abençoados com toda sorte de bênçãos.
O que a Igreja quer mais? Jesus não foi o melhor de Deus?
Estamos com uma nova natureza agora. Na Mansão Celestial, não entrará pessoas com natureza caída, natureza de homem descendente de Adão. Mas sim pessoas com a uma nova Natureza, descendentes de Cristo. É o suficiente para o povo lotar as igrejas e render ações de graça todo o tempo.
Louvor e toda adoração deve ser dada ao Deus Todo Poderoso 24h por dia, não pelo que ainda está por vir, mas sim pelo que já veio.
Muitas pessoas estão enchendo igrejas buscando algo para si, prosperidade e curas, esperando que Deus lhe seja útil em alguma coisa. As pessoas lotam templos na esperança de obter alguma coisa em troca, parece que Deus é obrigado a se virar para ser útil a essas pessoas, para não saírem reclamando. Elas querem algo melhor.
Graças a Deus pelas exceções.

   A Bíblia nos ensina que devemos buscar primeiro o Reino de Deus e sua Justiça e tudo o mais nos será acrescentado. Buscar o Reino e sua Justiça é também ser útil para Deus.
Ser útil era o que a igreja redimida deveria estar procurando. Uma forma de agradecimento pelo que já aconteceu a nós.
Quando buscamos sermos uteis, estamos deixando a Palavra de Deus fazer efeito em nossas vidas, assim todas as coisas poderão ser acrescentadas.
Você realmente tem fé? Então viva a verdade que é a Palavra de Deus, que Ela o libertará das mentiras dos mercadores da fé. 
Sua fé está na Palavra de Deus ou na palavra de um homem que diz que você precisa de algo melhor que Jesus?

Pr. Vagner Vieira   


quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Debate entre Teólogo Cristão e Ateu Darwinista


Debate entre Teólogo Cristão William Lane

 Craig e o Ateu darwinista Peter Atkins.


Ateu: ...junto com o fato que você na verdade 

não precisa de um Deus, no sentido de ajuntar 

argumentos sobra a existência de Deus.

Teólogo: Eu acho que vejo isso, quer dizer, por 

quê isso não seria cometer uma falácia 

genética¿

De tentar dizer que, ao explicar como uma 

crença se originou, você através disso mostra 

que a crença é falsa,

Mesmo que fosse verdade que a crença na 

existência de Deus fosse produto de medo ou 

ansiedade,

E por aí vai, o que não admito, mas mesmo se 

fosse, é uma falácia genética, dizer que se a 

crença se originou assim, então ela é falsa,

Ateu: Mas essa é só a metade do argumento, 

eu não estou dizendo que isso é adequado, eu 

não estou dizendo que o fato de que a ciência 

pode explicar tudo. E só isso é também 

adequado, mas tomados juntos, o fato de que 

a ciência é onipotente, e o fato de que eu 

posso entender o motivo pelo qual pessoas 

como você, desesperadamente querem 

acreditar que Deus existe, esse é um 

argumento contra a existência de Deus.

Teólogo: Mas dois argumentos falaciosos 

postos juntos não geram um bom argumento,

Ateu: mas, mas você nega que a ciência possa 

explicar tudo¿

Teólogo: Sim eu nego.

Ateu: Então o que ela não pode explicar¿

Teólogo: Bem, já que você trouxe isso para o 

debate, eu tenho vários exemplos pra dar:

Eu acho que há varias coisas que não podem 

ser provadas cientificamente, mas que somos 

racionais em aceitar,

Deixe-me listar cinco: verdades lógicas e 

matemáticas não podem ser provadas pela 

ciência, a ciência pressupõe a lógica e a 

matemática, então tentar prová-las 

cientificamente seria petição de princípio,

Verdades metafísicas, como: existem outras 

mentes além da minha, ou que o mundo 

externo é real,

Ou que o passado não foi criado há cinco 

minutos aparentando ser mais velho,

Essas são crenças racionais que não podem 

ser provadas cientificamente,

Crenças éticas sobre opiniões de valor, não 

podem ser avaliadas pelo método cientifico,

Você não pode mostrar, coma a ciência, se os 

cientistas nazistas nos campos fizeram algo 

maligno,

Em contraste com os cientistas nas 

democracias ocidentais,

Julgamentos estéticos (4), não podem ser 

acessados pelo método cientifico,

Pois o belo assim como o bom, não pode ser 

provado cientificamente.

E finalmente, o mais notável seria a própria 

ciência. A ciência não pode ser justificada pelo 

método cientifico.

A ciência é permeada de suposições que não 

podem ser provadas, por exemplo,

A teoria da relatividade. Toda a teoria depende 

da suposição de que a velocidade da luz é uma 

constante, em uma direção, entre quaisquer 

dois pontos A e B, mas estritamente, isso não 

pode ser provado,

Nós simplesmente temos de admiti isso, afim 

de manter a teoria...


William F. Buckley Jr, o moderador do debate: 

Ponha isso no seu cachimbo e fume.

Nenhuma dessas crenças podem ser 

cientificamente provadas, contudo, são aceitas 

por todos nós.

 Doutor em Teologia pela Universidade de Munique e em Filosofia pela Universidade de Birmingham, William Lane Craig é um dos mais destacados apologetas da atualidade, é autor dos livros A Veracidade da Fé Cristã e Filosofia e Cosmovisão Cristã.
O teólogo e filósofo analítico, é conhecido por seu trabalho na filosofia da religião e sua vasta experiência em debates e palestras pelo mundo todo.
Entre os oponentes de W. L. Craig nos debates temos grandes nomes como ateus do porte de Anthony Flew, Lewis Wolpert, Christopher Hitchens, Sam Harris, o qual, curiosamente testemunhou a favor de Craig, descrevendo-o como “o único apologista cristão que colocou o temor de Deus em muitos dos meus companheiros ateus”. Em 2009, um debate de Craig com Christopher Hitchens (outro grande titã do neoateísmo), se tornou um tanto quanto conhecido, em função da declaração feita pelo do site ateu ‘Common Sense Atheism’, que afirmou que Craig “spanked Hitchens like a foolish child” (“espancou Hitchens como se fosse uma criança tola”).
Recentemente Polly Toynbee, presidente Associação Humanista Britânica (British Humanist Association - BHA) e colunista do jornal britânico The Guardian, desistiu de participar de um debate sobre a existência de Deus com Craig – estava agendado para outubro na Westminster Central Hall, em Londres, sob apoio da Premier Christian Radio – alegando que ”não tinha conhecimento do estilo de debate do Sr. Lane Craig, e a partir do momento que viu seus debates anteriores, percebeu que este não era o mesmo estilo de debate dela”.
Mas a Sra. Tonynbee, não foi a única a rejeitar um debate com Willian Lane Craig. Richard Dawkins, seu vice-presidente na BHA, já recusou debater com William L. Craig por quatro vezes e também o outro vice-presidente, A. C. Grayling – autor da “bíblia humanista” intitulada “The Good Book” – bate o pé e se recusa terminantemente a debater com Craig. Segundo crítica do Blog ‘O Contorno da sombra’ parece não ser o forte da diretoria da BHA e que talvez o “não” de Polly tenha sido parido num cafezinho nos corredores da mesma.
No entanto, pode-se em parte deduzir uma justificativa as recusas.
Craig deixa Atkins totalmente sem reação, ao provar que há várias verdades que não podem ser submetidas ao método científico, mas que nem por isso são menos verdadeira, rebatendo o argumento do ateu de que a ciência podia explicar tudo, sendo desnecessário a crença em Deus.
William F. Buckley Jr, o moderador do debate, brinca com Atkins dizendo, “Ponha isso no seu cachimbo e fume!”, ao contemplar a fisionomia sem jeito de Atkins e sem conseguir conter sua admiração com o argumento do Craig.

  Muitas pessoas ateias ou de varias religiões diferentes são bem sucedidas e todas elas tem algo em comum, e claro, não é religião, elas ac...